Nossos objetivos

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O nosso objetivo principal é esclarecer a relação entre a natureza humana, a hiper-realidade e o design, e tudo isso imerso no mundo tecnológico em que vivemos, levando em conta a transição cultural acelerada que vivemos hoje.

Nosso trabalho se desenvolverá a partir da constatação de que “o ser humano não aceita a realidade como realmente ela é”.

A necessidade de manipulação do meio, o fetiche e a atitude criativa de alguma forma se ligam com o hiper-real, que seria justamente a tão desejada transposição da condição humana, que faz com que o homem evolua.

Em poucas palavras podemos dizer que a hiper-realidade se dá quando o real é determinado por uma situação fictícia (não autêntica) e o espectador não consegue distinguir o que é verdadeiro ou manipulado.

A hiper-realidade tem um compromisso muito forte com a realidade, pois a verossimilhança é uma condição básica para que uma simulação seja bem-sucedida; sendo assim a matéria-prima de uma simulação é a própria realidade rearranjada, a hiper-realidade engana a consciência transportando-a para uma fantasia nas quais se tenta implantar um pseudo-preenchimento.

A tecnologia vêm justamente para dar suporte a esse mundo imaginário que a hiper-realidade cria, e quanto mais ela é avançada mais fácil se torna manipular o meio e o pensamento coletivo nos deixando a mercê de quem a possui.

Outro ponto que abordaremos é a criatividade e como ela dialoga com o design e a hiper-realidade, para isso mostraremos seu funcionamento desde a concepção de uma ideia até a sua concretização, analisando até que ponto a tecnologia influencia na criação e como ela pode potencializá-la.

O design é mais uma forma de expressar a criatividade e como ele está ligado à produção em série de produtos e imagens que carregam conceitos e significados, sempre que bem contextualizados têm o potencial de construir hiper-realidades, ainda mais em uma sociedade que vincula a concepção da semiótica (estudos que designa o processo de significação, a produção dos significados) com poder aquisitivo.

Nossa pesquisa se fundamentará em questões filosóficas (o conceito de hiper-realidade), antropológicas (a relação entre o homem e seu semelhante) e tecnológicas (a revolução eletrônica que acontece desde 1984 quando se deu o início do uso dos computadores Macintosh na produção de objetos gráficos.